3) Na Sala de TV
Nosso filho mais novo, com 11 anos, adora exercitar a relatividade: procura estar em vários lugares ao mesmo tempo.
Explico. Ele vai para a sala de TV, começa a ver algum programa num canal preferido, ou então liga o console de jogos PS2 no aparelho de TV e passa um bom tempo se exercitando até "zerar" o jogo.
Acontece que ele se cansa, deixa tudo de lado e vai para o computador se distrair com algum outro jogo, seja local ou pela internet. Isto, quando não decide ir para o quarto e ficar lendo revistinhas em quadrinhos (= banda desenhada).
É assim que ele aproveita suas horas vagas. Até aí, tudo bem. O que não estar certo é ir de um lugar a outro e deixar tudo ligado para trás! As luzes da sala, a televisão em alto e bom som, e a sala vazia, simplesmente com ninguém assistindo! Não é ele quem paga a conta de luz em casa, então precisamos ensinar a economizar, e principalmente a arrumar as coisas que não vai utilizar ou brincar mais, deixando o ambiente limpo.
Assim, toda vez que vemos tal cenário, a bronca é inevitável:
- "Arthur! Da próxima vez que eu vir você deixar a TV ligada lá na sala sozinha, você vai se ver comigo!" (já pensando em algum castigo ou forma de punição exemplar)
O que não dá para rebater é a resposta original e impecável, retrucada num tom de lástima e de uma inocência de dar dó (e sem se mover do lugar de onde está para vir desligar a energia):
- "... mas eu não tenho dinheiro pra comprar outra TV para fazer companhia pra ela lá na sala!"
É... é a graça que só o idioma português pode fazer com a expressão "sozinha". Claro que a imaginação, de pensar que duas TVs lado-a-lado seriam boas companhias uma à outra, corre por conta da criança.
7 comentários:
Bota ele pra lavar o chão.
Passeando aí por links e blogs encontrei o seu. Gostei bastente.
Tb tenho 2 filhas e sei bem como as crianças podem ser criativas e inocentes em suas respostas.
Aliás, muito bom post sobre as dualidades de nosso idioma.
Boa semana
Bjos
...eu penso que neste caso,
não foi inocência, e sim
a recíproca deste ar infame
que tem seu progenitor...rsss
bjus
fiquei envergonhda aqui, faço o mesmo que seu filhinho de 11 anos e quem sempre me alerta e chama a minhaa tenção é a minha fihota de 7 anos..rss
André vim agradecer, em meu nome em em nome da Mariza, o excelente comentário que postou no nosso blog e o generoso elogio.
Pretendemos sim fazer várias outras entrevistas e já estou pensando em seu nome, se permitir, para uma das próximas.
prazer em conhecê-lo e parabéns pelo blog
Concordo com Alma Nua - é pura safadeza!
Isso, quando ele quis dormir conosco na cama alegando que estava sentindo-se solitário (o irmão no quarto)...
Ou quando descobrimos do porque ele gostava tanto de abraçar, meigamente, as professoras, principalmente a de ingles - ela era sexy...
André,
Filho de peixe...
Adorei!
Me divirto.
Abraço
na boa, aos 11, seu filho tava era tirando com a sua cara.
hehehhe
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